Manaus (AM) – Ana Paula Lima Rebelo, de 44 anos, paciente da Hapvida, em Manaus, denunciou o descaso do grupo no andamento do tratamento de um câncer terminal no pulmão dela, descoberto no ano de 2021.
Segundo a paciente, o médico que a acompanha receitou um novo medicamento, já que o que ela estava usando no tratamento mostrava mais efeito devido a metástase; pois o tumor já espalhado para fígado, ossos e cérebro.
Ana Paula relatou que foi até até a clínica São Lucas, responsável pela distribuição de medicamentos do grupo, mas foi informada que seu tratamento havia sido bloqueado e que não tinha autorização para receber o Lorlatinibe, que custa em média R$ 32 mil, e é indicado para o tratamento de câncer no pulmão de células não pequenas (CPNPC) avançado, para pacientes que já não têm chances de cura e buscam retardar a ação do tumores pelo corpo e ter mais tempo de vida.
“TODO MÊS IA LÁ BUSCAR O TRATAMENTO QUE JÁ FAZIA, QUANDO O MEU MÉDICO INFORMOU QUE EU DEVERIA DAR ENTRADA URGENTE NO TRATAMENTO NOVO, EU FUI E FIZ O QUE ELE ORIENTOU. QUANDO FUI BUSCAR O REMÉDIO, QUE JÁ TOMAVA, PARA MINHA SURPRESA, ELES HAVIAM BLOQUEADO A RETIRADA COM O REMÉDIO ESTANDO LÁ E A ENFERMEIRA NÃO PODE ENTREGAR PORQUE A SENHA ESTAVA NEGADA”, DISSE ANA PAULA DURANTE ENTREVISTA AO SITE AÇAÍ TV.
Mediante o fato e o desespero para viver, Ana Paula decidiu entrar com uma ação judicial contra e rede Hapvida, tendo como resultado uma decisão do Poder Judiciário do Amazonas, obrigando a compra do medicamento e que também impôs uma “multa diária de R$ 30.000,00 (trinta mil
reais) por cada dia de descumprimento, limitada à 5 dias-multa”.
Mesmo com a decisão da Justiça, a paciente oncológica alega que seu problema não teve solução.
“MESMO COM ESSA MULTA DE R$ 30 MIL, A HAPVIDA NÃO COMPROU O REMÉDIO, NÃO ME ATENDE E APARENTEMENTE NÃO ESTÁ NEM AI. EU TENHO LAUDOS MÉDICOS DIZENDO QUE CORRO RISCO DE VIDA E HAPVIDA SIMPLESMENTE NÃO LIBERA O REMÉDIO QUE PRECISO”. DISSE PAULA.
Quando o novo tratamento receitado pelo médico oncologista da própria instituição foi solicitado pela paciente, o grupo Hapvida emitiu uma negativa informando o motivo de não liberar o remédio. Veja:
Procurada pela equipe de reportagem do Site Açaí TV, a Hapvida informou apenas que tem conhecimento do caso e trabalha para tentar resolver o problema o quanto antes. Além do mais, disse que só pode passar maiores detalhes do caso em 24 ou 48 horas.
Enquanto isso, Ana Paula, já se encontra há seis dias sem fazer o uso do medicamento que lhe mantém vida e pede uma coisa: mais tempo ao lado da família.
“EU SÓ TENHO 44 ANOS DE IDADE, EU VIVO SITUAÇÕES DE LUTA DIÁRIA. SÓ QUERO MAIS UM TEMPO COM MINHA FAMÍLIA, COM MEUS quatro FILHOS. ESSA É MINHA LUTA”, FINALIZOU ANA.
O Site Açaí TV reitera o espaço em aberto para o desfecho do caso e aguarda o retorno do grupo Hapvida.