Manaus – Na última sexta-feira (21), os aprovados nos concursos públicos da Polícia Militar (PMAM) e do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) realizaram uma manifestação pedindo celeridade na convocação.
Enquanto o estado vivencia uma crise na Segurança Pública, os aprovados nos concursos da área aguardam a convocação, sem nenhuma previsão por parte do governo do estado.
De forma ordeira e organizada, as comissões dos aprovados da PM e CBM se uniram, estão realizando manifestações e buscando apoio das mídias, com a intenção de mostrar à população que a violência no Amazonas poderá diminuir drasticamente caso seja aumentado o efetivo da Polícia Militar. Além disso, as prevenções contra incêndio certamente terão um reforço significativo com a convocação dos novos bombeiros.
Durante a manifestação, os aprovados seguravam faixas e cartazes pedindo a convocação. Dentre esses, um chamou bastante atenção: o que pedia aos motoristas que buzinassem caso apoiassem a convocação dos aprovados e concordassem que a segurança precisa de melhorias. Com isso, os manifestantes foram surpreendidos com o enorme apoio de todos os que passavam no momento, que reagiam com muitas buzinas e interação.
Os concursos iniciaram em 2021, com o lançamento dos respectivos editais. No decorrer do ano de 2022, foram realizadas diversas etapas além das provas objetivas e discursivas, como exames médicos, avaliação psicológica, investigação social, teste de aptidão física, dentre outros. Muitas dessas etapas sofreram atrasos em ambos os concursos, o que gerou uma demora para a conclusão dos certames. Após todas as etapas, foram aprovados 4.831 pessoas para a PMAM, e 1.522 para o CBMAM.
Prestes a completarem 2 anos desde que foram lançados, os concursos já foram devidamente homologados, porém nenhum dos aprovados foi convocado até a presente data. Ainda não há sequer nenhum cronograma ou previsão para o chamamento.
Por fim, os aprovados chamam atenção para o enorme deficit enfrentado atualmente pelas instituições, segundo dados do Portal da Transparência, referente ao mês de junho de 2023. Na Polícia Militar, o deficit é superior a 48% do efetivo previsto em lei, que é de 15 mil militares, mas possui na ativa apenas 7.549 policiais.
Já no Corpo de Bombeiros, de 4.483 previstos em lei, há apenas 1.115 bombeiros na ativa, ou seja, déficit de 75%.