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Polícia

Vaza vídeos do diretor da empresa Tumpex abusando de funcionárias e filmando atos sexuais

Manaus – Vazaram vídeos comprometedores atribuídos a Carlos Seiss, diretor da empresa Tumpex, concessionária de coleta de lixo em Manaus. O conteúdo dos vídeos indica que ele teria abusado sexualmente de funcionárias e menores aprendizes nas dependências da empresa. As denúncias foram divulgadas pelo site CM7 Brasil, gerando grande indignação.

De acordo com as denúncias, candidatas do processo seletivo de primeiro emprego, menor aprendiz ou até mesmo funcionárias já efetivadas da Tumpex teriam sido coagidas a realizar favores sexuais para Carlos Seiss, a fim de conquistarem uma vaga de emprego ou se manterem trabalhando. Muitas delas foram filmadas pelo homem enquanto realizavam atos sexuais, como sexo oral.

Os vídeos vazados pelo site mostram pelo menos 57 vítimas diferentes sendo abusadas por Carlos Seiss. Nas imagens, é possível observar o desconforto e a angústia das mulheres ao serem filmadas. A exposição pública desses vídeos resultou em uma onda de revolta e clamor por justiça das vítimas.

A pessoa que enviou a denúncia ao site CM7 Brasil alega ter sido ameaçada de morte como retaliação por expor os abusos ocorridos na Tumpex. Essas ameaças demonstram a gravidade do caso e a necessidade de se garantir a segurança dos denunciantes.

Casos de abuso sexual e violência de gênero no contexto profissional demonstram a urgência de políticas mais eficazes e segurança para as trabalhadoras.

De acordo com o CM7, a empresa se manifestou alegando que afastou Carlos de suas atividades, mas não explica porque não o demitiu, e nem porque admitiu que os abusos fossem cometido contra as funcionárias dentro da empresa.

Alvo da PF

Vale lembrar que a Tumpex, empresa líder no segmento de coleta de lixo em Manaus há mais de 30 anos, foi alvo da Operação Antulho, realizada por órgãos federais de fiscalização, em junho deste ano. A ação conjunta da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão na sede da empresa, na residência de seus proprietários e gerentes, com o objetivo de encontrar provas de operações fraudulentas relacionadas a sonegação fiscal, emissão de notas fiscais “frias” e lavagem de dinheiro.

As investigações que culminaram na Operação Antulho tiveram início em 2016, durante a gestão do ex-prefeito Arthur Neto. Desde então, foram coletadas evidências que levaram à suspeita de sonegação de impostos federais por parte da Tumpex, por meio da utilização de notas fiscais “frias” para evitar a fiscalização da Receita Federal.

Durante a operação, Mauro Lúcio Mansur da Silva e José Paulo de Azevedo Sodré Neto, proprietários da Tumpex, foram presos pela Polícia Federal sob suspeita de envolvimento em esquema de sonegação fiscal. Porém, dias depois, eles foram colocados em liberdade por meio de um habeas corpus concedido pela desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª região, Maria do Carmo Cardoso.

De acordo com o delegado da Polícia Federal, Eduardo Zózimo, coordenador da Operação Antulho, entre 2016 e 2021, as empresas envolvidas no esquema emitiram notas fiscais no valor total de R$ 245 milhões. Estima-se que a sonegação fiscal gerada por essas operações ultrapasse os R$ 100 milhões apenas em relação a tributos federais, sem considerar multas e juros. Além disso, tais transações resultaram na obtenção de créditos indevidos de PIS e Cofins, bem como na redução da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

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