Além dos pagamentos em atraso, os profissionais reivindicam melhorias das atuais condições estruturais
A partir desta sexta-feira (1º), 15 empresas médicas irão reduzir, temporariamente, os serviços de saúde devido ao atraso do governo estadual nos pagamentos referentes aos anos de 2021, 2022 e dos meses de agosto, setembro e outubro de 2023.
Em um comunicado divulgado na quinta-feira (29), as empresas informaram ao Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam) sobre a decisão.
Além dos pagamentos em atraso, os profissionais reivindicam melhorias das atuais condições estruturais; relatam superlotação de pacientes e graves desabastecimentos na rede estadual de saúde.
Conforme as empresas, foram inúmeras as tentativas de diálogo para solucionar as demandas. “A Secretaria Estadual de Saúde [SES-AM] demonstrou permanente disponibilidade no acolhimento dos problemas apresentados, porém, esbarra sistematicamente na inércia dos entes responsáveis pela liberação efetiva dos recursos necessários”, diz a nota enviada ao Cremam.
Nota da CREMAM
Em resposta à demanda da imprensa, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CREMAM) informa que:
· No dia 21/11/2023, o Conselho de Medicina do Amazonas recebeu em sua sede representantes das empresas médicas do Amazonas para ouvir as diversas demandas, dentre elas o atraso no pagamento dos médicos prestadores de serviços ao Estado. Desde então, o CREMAM, por meio de uma comissão formada, vem colaborando com as especialidades médicas a fim de buscar soluções para o problema, além de estar em contato com as autoridades competentes.
· Ressaltamos também que, diante das atribuições legais desta autarquia, nossa colaboração é no sentido de assegurar a dignidade profissional e o desempenho ético da medicina e evitar que a situação afete o atendimento à população.
Manaus, 30 de novembro de 2023
Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas