Mundo – A Justiça da Argentina confirmou nesta quarta-feira (13/11) a sentença de seis anos de prisão da ex-presidente Cristina Kirchner, além de sua inabilitação perpétua para concorrer a cargos públicos.
A decisão é um duro golpe para uma das figuras mais emblemáticas da política argentina, que agora tem sua pena reafirmada em um caso de corrupção relacionado ao período em que governou o país ao lado de seu falecido marido, Néstor Kirchner, entre 2003 e 2015.
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Kirchner foi condenada em 2022 sob a acusação de chefiar uma organização criminosa que teria desviado recursos estatais ao favorecer um empresário aliado e diversos funcionários ligados ao seu governo em contratos de obras rodoviárias milionárias. O caso foi considerado uma das maiores operações de corrupção do país.
A ex-presidente nega as acusações e afirma que é alvo de “lawfare”, termo que se refere ao uso do sistema judicial para perseguir adversários políticos. Em várias ocasiões, ela comparou sua situação à do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que também se posicionou contra a judicialização de disputas políticas em seu próprio país.
Além da pena de prisão, Kirchner foi condenada a pagar uma multa de 85 milhões de pesos, aproximadamente R$ 490 mil. Entretanto, a ex-presidente ainda não será presa imediatamente, pois pode recorrer da sentença na Suprema Corte argentina. Caso o recurso seja negado e a sentença seja mantida, Kirchner pode cumprir a pena em prisão domiciliar, benefício previsto para pessoas acima dos 70 anos.