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Polícia

Mulher morta a tiros pelo marido em Manaus já havia levado ‘surra de terçado’ dele

FAMÍLIA FALA SOBRE 20 ANOS DE UNIÃO CONTURBADA.

(Foto: Divulgação)

Manaus – Na tarde desta quinta-feira (21), Angélica Rodrigues de Oliveira, de 35 anos, foi assassinada a tiros pelo marido, Lucimar Gonçalves Pinto, conhecido como “Pixote”, de 38 anos. O crime aconteceu em sua própria residência, no bairro Zumbi dos Palmares, Zona Leste de Manaus, e chocou a comunidade local.

De acordo com familiares, Angélica era vítima de um longo histórico de agressões cometidas por Lucimar, que já havia, inclusive, atacado a mulher com um terçado enquanto ainda viviam no interior do Amazonas. Após o episódio, ela chegou a buscar proteção judicial, obtendo uma medida protetiva contra ele.

“Ela tentava se livrar dele, mas ele sempre voltava, sempre achava um jeito de se reaproximar”, contou a irmã da vítima, que preferiu não ser identificada.

Na tarde do crime, Angélica estava se arrumando para sair e procurar uma nova casa, com o objetivo de se separar definitivamente de Lucimar. Foi nesse momento que ele se aproximou com um revólver, fez ameaças e, segundo testemunhas, questionou: “Você está pagando de doida?”. Em seguida, disparou várias vezes contra a mulher.

Angélica ainda foi socorrida e levada para o Hospital João Lúcio, mas não resistiu aos ferimentos. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga o caso, que é tratado como feminicídio.

Histórico de agressões e omissão

A família revelou que a relação do casal era marcada por violência e episódios de reconciliação forçada. “Ela queria sair dessa vida, mas ele não deixava. Já havia tentado antes, mas sempre voltava por medo ou por insistência dele”, disse a irmã, emocionada.

O caso expõe novamente as falhas no enfrentamento à violência doméstica, já que Angélica, mesmo após recorrer à Justiça, não conseguiu escapar do ciclo de agressões que culminou em sua morte.

Suspeito está foragido

Lucimar Gonçalves Pinto fugiu logo após o crime e, até o momento, não foi localizado pela polícia.

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