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Política

Maria do Carmo corre atrás do interior para salvar pré-campanha por livre e espontânea ‘pressão’

Após críticas e risco de naufrágio eleitoral, Maria do Carmo Seffair abandona zona de conforto em Manaus e corre contra o tempo para conquistar o Amazonas profundo.

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Manaus – A pré-candidatura de Maria do Carmo Seffair (PL), empresária e reitora da Fametro, parece finalmente ter despertado para uma realidade há muito apontada por analistas políticos: sem interior, não há vitória no Amazonas.

Após semanas de críticas e denúncias de apatia eleitoral, a pré-campanha da bolsonarista milionária tenta dar sinais de vida além do asfalto da capital. O movimento, no entanto, já é visto como tardio — e pode não ser suficiente para evitar uma derrota humilhante.

Até meados de junho, Maria do Carmo mantinha sua pré-candidatura quase que exclusivamente em Manaus, apostando na imagem de gestora e no peso de seu império educacional. Mas essa estratégia elitista e centrada nos bastidores mostrou sinais de esgotamento rápido. Com sua popularidade patinando e a desconfiança crescendo até dentro do próprio Partido Liberal, a reitora teve que recalcular a rota.

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A primeira aparição pública no interior só aconteceu em 14 de junho, em Anori. Desde então, intensificou viagens para cidades como Manacapuru, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva. Ainda assim, a movimentação soa mais como correção de erro do que como estratégia bem planejada. “Ela demorou para entender que o Amazonas é muito mais do que Manaus”, disparou o analista político Helso Ribeiro.

Nos corredores do PL, o recado foi claro: ou a empresária se mostra viável nas urnas do interior, ou será abandonada pelo partido. O apoio de figuras como Jair Bolsonaro e Magno Malta, embora importante, não garante votos longe dos holofotes.

Agora, Maria tenta transformar o palco das salas de aula em palanque político. Mas no Amazonas, onde o povo quer presença, escuta e compromisso, não basta ter dinheiro e discurso pronto. A corrida já começou — e ela largou atrás.

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